O CONDE DE BARBACENA,
REPRESENTANTE DE EL REI DE PORTUGAL.
Francisco Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro era o seu nome, e foi o segundo e último, conde de Barbacena, sucedendo a seu pai, Luís António Furtado Rio e Mendonça.
Antes destes dois nobres da nossa Corte, terem sido os representantes de El - Rei de Portugal, o espaço geográfico, que na época era considerado o Condado de Barbacena, foi governado por outros nobres, com o título nobiliárquico de visconde. Foram onze, estes representantes da nobreza reinante, os responsáveis, que desde 1610, até 1854, geriram os destinos da nossa Barbacena.
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A História diz, que o nosso último Conde, era um homem generoso, que de tudo era capaz, para bem do povo do seu condado; porém, também ficou escrito nos anais do nosso passado histórico, que o nosso jovem Conde, também integrou o numeroso séquito da Corte de D.João VI (O Clemente), que logo que Napoleão pensou em invadir Portugal, em 1808, se ausentou para o Brasil, deixando este pobre povo, entregue a um general Inglês, (Lord Wellington) e à humilhação e ao saque que lhe foram infligidos pelas tropas Francesas.
No espaçoso edifício existente em Barbacena, onde actualmente funciona o Centro Social Nossa Senhora do Paço, e do qual anexo uma foto, e onde segundo o que a História nos relata, eram, os aposentos do Conde, criou este nobre, um espaço dedicado à protecção de meninas pobres e órfãs, que durante décadas, protegeu jovenzinhas da nossa terra, e muitas mais, vindas de outras terras, de todo o País; chamava-se essa casa de bem-fazer, Recolhimento de Órfãs de Barbacena.
As terras de agricultura do vasto condado, que não foram entretanto usurpadas, à plebe, e as quais tentei também documentar neste texto,através de fotografias, que eu próprio, «bati», lá pelo montado, foram finalmente, na década de vinte do século passado, fracionadas em courelas, e através de sorteio, distribuídas pelos chefes de família, da época. Estas parcelas de terra arável, ainda hoje, se mantém na posse dos habitantes de Barbacena, pois passam de pais para filhos, através de herança.
Num dos principais largos da Vila, os representantes da edilidade barbacenense à época, (anos oitenta, do passado século) mandaram erigir, em pedra morena, um busto do nosso último Conde, (foto anexa) que ainda hoje, tem na Vila, gente, que fala dele com carinho, apesar de nunca o ter conhecido.
NOTAS:
Setúbal, 2018.06.10PÁGINA INICIAL
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