TRIBUTO A UM AMIGO, FEITO DE BRONZE
Ó sino da minha Vila
Dolente, na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma
Dolente, na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma
Quando oiço o teu bater
Confesso que me dás pena,
Num qualquer entardecer
Quando chego a Barbacena..!!
Confesso que me dás pena,
Num qualquer entardecer
Quando chego a Barbacena..!!
A sineira que te tange
Bernardete tem por graça
Dá-te um timbre que abrange
Quem perto ou longe, aí passa
Bernardete tem por graça
Dá-te um timbre que abrange
Quem perto ou longe, aí passa
Dás-me alegria e tristeza,
No teu lento repicar,
O teu som, tem tal beleza
Que dá gosto cá chegar..!!
No teu lento repicar,
O teu som, tem tal beleza
Que dá gosto cá chegar..!!
É tão lento o teu soar,
Tão como o triste da vida,
Que a primeira pancada,
Já tem som de repetida..!!
Tão como o triste da vida,
Que a primeira pancada,
Já tem som de repetida..!!
Por mais que me tanjas perto
Quando cá chego errante,
És para mim, como um sonho
Soas-me na alma distante..!!
Quando cá chego errante,
És para mim, como um sonho
Soas-me na alma distante..!!
Quanto tocas a ´´dobrar´´
Ao que chamamos ´´sinais`,
O teu som, magoa tanto,
Porque é sentido demais..!!
Ao que chamamos ´´sinais`,
O teu som, magoa tanto,
Porque é sentido demais..!!
A cada pancada tua
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade, mais perto..!!
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade, mais perto..!!
Hoje, lembrei-me de render um tributo, aos sonoros, e bem timbrados, sinos das torres sineiras e dos campanários da minha Vila, que comigo, comungam uma certa cumplicidade, portadora da saudade, e nostalgia, de outros tempos.
Setúbal, 26 de Junho de 2018
Versos de Carlos Catalão Panaças
Fotos de Carlos Catalão Panaças
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