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Saudades das Lonjuras


SAUDADES DAS LONJURAS
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Que saudade, da nossa infância,
Descuidada, que era ânsia cerceada,
Por fronteiras definida,
Da vontade desmedida,
Desta condição terrena,
De nascer em Barbacena
Dos passeios,
Pelos campestres caminhos,
Dos devaneios,
À descoberta dos ninhos,
Do cantar dos grilos,
Nas veredas das searas,
Da vozearia constante,

E persistente, das cigarras;
Da quietude Impressionante,
Das azinheiras,
Altercada pelo vôo da passarada,
Em revoada,
Esvoaçando em algazarra,
Nas tardes soalheiras.
Do sentir, do bafo do suão;
Do espojar dos burros,
Gozando o pó do chão,
E que, por vezes, são tortos,
E do enxurdeiro dos porcos.
Do pastar sereno, das
Manadas e rebanhos,
Lonjuras, de prazeres tamanhos..!
Das medas de lenha,
De troncos e tanganhos,
Do coaxar dos sapos das rãs,
E das relas de voz ronfenha
Que dá gosto, ouvir mais ...e mais,
Nos charcos, das umbrias e bamburrais.
Da luz clara, das manhãs,
Que por lá, se apresentam,
Bem ledas, bem louçãs
Agradáveis prazenteiras,
Das solamas raiando nas soleiras.
Amodornando os dias.
É assim lá pelo Alentejo,
Onde tudo bate certo
E onde, do longe, se faz perto,
Com é, nosso desejo.

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