LEMBRÁ-LO, NUNCA É DEMAIS

Quando há algum tempo, se soube através dos órgãos de informação, que o nosso velho castelo, uma das "jóias da coroa", de Barbacena, tinha mais uma vez, mudado de dono, mesmo que em boa verdade, o não quiséssemos aceitar, fomos obrigados a deduzir, que aquele ex-libris da nossa vila, tem estado nos últimos anos, a servir de joguete, passando de mão em mão, como, se de coisa banal, passível de servir de objecto de negociatas, se tratasse.
Como se já não bastasse, a sua inédita e absurda sina, que desde os tempos da monarquia, lhe foi ditada, e que é, a de pertencer a entidades privadas, tem vindo nos últimos tempos, a velhinha fortificação, a mudar de dono, com tanta frequência, como se de mercadoria de feirante, se tratasse.

Será, que esta geração de políticos impreparados, que regem a governação central ou mesmo local, não terá coragem, para pôr termo, a este clima de oportunismo e suspeição, que se gerou, em torno deste velhinho e maltratado testemunho da Lusa História.

Já que, poder de decisão, não temos, para pormos termo a esta infindável clima de negócios incompreensíveis, cujo objecto transaccionável, fenece aos poucos, vencido pelo ostracismo e indiferença, a que foi votado pelos governantes, a quem o castelo de Barbacena, e o seu passado, nada diz, vamos dele falando, umas vezes, em prosa, outras em rimas, com a métrica um pouco maltratada, mas que levam uma mensagem, implícita.