Capela da Senhora da Nazaré

CAPELA DA NAZARÉ

Esta capelinha, de forma circular, é carinhosamente chamada pelas gentes da terra, por Senhora da Nazaré, e é um dos ex-libris da Vila de Barbacena, localidade centenária, que se situa, 15 Km, a noroeste da cidade de Elvas.

Segundo os entendidos, é esta pequena ermida, uma fiel réplica de uma outra capela, de dimensões maiores, existente na cidade de Elvas, localizada perto do chamado “Viaduto”. Durante uma das minhas estadias em Barbacena, quando por ali passava, notei que lá dentro, um grupo de crentes, recitava o terço do rosário, facto esse, que me levou a concluir, que a pequena, mas acolhedora orada, passou a ter outro estatuto, e talvez tenha deixado de ser a pequena capela, afastada do centro da Vila, que outrora se mantinha fechada, servindo apenas, e esporadicamente para local de oração e de prece, por parte de mães e noivas de militares envolvidos em conflitos bélicos, lá longe.

Para além de ser restaurada e alindada, toda a zona envolvente da pequena igreja, a vistosa fonte situada ali, bem chegada a si, da qual junto uma imagem, que ontem mesmo, um amigo nortenho me enviou, dando-me conta do seu agrado, pela beleza do fontanário, e da sua zona envolvente, empresta ao conjunto arquitectónico, implantado naquele extremo da Vila, uma beleza invulgar, muito apreciada, por quem ali passa.

Como nunca tive conhecimento de alguém a homenagear cantando rimas em seu louvor, resolvi alinhavar estas:
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SENHORA DA NAZARÉ.

Senhora da Nazaré.

Ó minha boa santinha,

Tu és um foco de fé,

Para esta boa gentinha

Esta pequena capela

Onde o crente ora com fé

De uma beleza singela

É... Senhora da Nazaré.

Ficas da Vila á saída

Minha Santa protectora

Tens ali a tua guarida

E todo o povo te adora

Pois.. Tu ficas á saída,

Para quem vai de abalada,

Mas.. vê logo a tua ermida

Quem á Vila dá chegada

Velas ardentes com fé

Acompanhadas de prece,

À Senhora da Nazaré,

Este povo, não esquece.

Tu tens fama de atenderes,

Pedidos, que tens guardados

Também te gabam, por seres

Protectora de soldados.

Poema de:Carlos Catalão Panaças

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