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 SE NADA MAIS SOUBERES AO MENOS
CONHECE A HISTÓRIA DA TUA TERRA


Rebuscando na história

REBUSCANDO NA HISTÓRIA

Foi milagre, ou uma graça,
Que Nossa Senhora deu
Ao evitar a desgraça
Quando a matriz abateu.

Durante lustros se contou
Que ali, houve mão divina
Quando o templo soçobrou
Ficando em triste ruina

As crianças inocentes
Haviam dela saído
Vinham alegres contentes
Quando se ouviu o estampido.

A catequese aprendiam
Lá dentro, da sacristia,
Antes da hora, saíam
Nesse tão nefasto dia

Talvez fosse essa Santinha
Que naquela casa mora,
Com sua voz meiguinha,
Mandou os jovens embora.

corregida 22O dia estava sensivelmente a meio, quando os calendários assinalavam a data de 31 de Maio de 1966.Em Barbacena, Vila do Alentejo, o quotidiano decorria, sem a mais ligeira alteração, ao remanso e ao sossego, que sempre caracterizaram esta ordeira gente, a qual sempre viveu, para o trabalho, nas herdades vizinhas da Vila.


Ler mais Por ser terça-feira, e ser dia de trabalho, a vida seguia o rumo normal, de um dia de labuta, nos campos, onde ao serviço dos donos das casas agrícolas, grande parte da população se encontrava, àquela hora.
Entre muros, por cá, na Vila, apenas tinham ficado as crianças das escolas, algum habitante mais idoso, que como é óbvio, já não suportaria, as duras lidas dos trabalhos campesinos, alguns artífices de profissões oficinais, como carpinteiros, ferreiros, sapateiros e pedreiros, que na Vila, tinham as suas oficinas.
Nessa manhã do final de Maio, o sol, fazia já sentir o seu efeito cáustico, próprio da época, pois o princípio do Verão, avizinhava-se.
Estava nessa manhã, agendada mais uma aula de religião e moral, que naquela época era conhecida por catequese, e que iria ser ministrada pela catequistas habituais, algumas das quais, eram freiras da irmandade sediada em Barbacena, que para além da sua profissão de fé, asseguravam a catequização das inúmeras crianças, que por cá, cresciam; essas aulas eram dadas na igreja matriz da Vila; nesse dia, assistiam às ditas aulas, duas turmas compostas por crianças das escolas locais. Porque estes factos, que me propus narrar nesta publicação, ocorreram há mais de cinquenta anos, e não havendo sobre este acontecimento, qualquer suporte em registo histórico, que nos possa garantir com exactidão e em pormenor, o que sucedeu, não sabemos portanto, o motivo que levou a religiosa, que superentendia as aulas de catequese, a dar por terminadas as aulas, muito antes da hora aprazada, para o seu fim, e proceder á saída de todos, do interior da igreja. Passados alguns minutos, que foram poucos, um sonoro estrondo, ecoou por toda a Vila, sendo também audível, a uma distância de quatro ou cinco quilómetros, numa das herdades vizinhas, no local designado por ´´Serra Meirinha´´, os trabalhadores, que ali trabalhavam, ouviram perfeitamente, o violento estampido, que se fez ouvir na campina. Toda a zona envolvente da igreja, ficou envolta numa densa nuvem de pó, que devido à ausência de vento, se manteve compacta, sobre o local, onde se deu o colapso. Depois do susto, e da natural surpresa iniciais, a triste realidade, foi confirmada: todo o tecto da principal igreja da Vila havia claudicado confirmou-se posteriormente, que no momento do aluimento, ninguém estava no interior do templo. Passados seis anos do infausto acontecimento, que poderia ter redundado em tragédia, a igreja matriz de Barbacena, reabriu as suas portas aos fiéis, depois de uma considerável restauração verificada em todo o edifício. Para isso, contribuiu o espirito solidário de todo o povo da Vila, que num esforço conjunto, através de rifas, quermesses, tômbolas, bailes e espectáculos de variedades e taurinos, por ocasião das festas anuais, conseguiu angariar a verba suficiente, que permitiu a reabertura da igreja ao culto religioso, por parte dos fiéis. Foi timoneiro deste empreendimento, o então pároco de Barbacena, Rev. Pde. Francisco Bento, recém-chegado a Barbacena.

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Carlos Catalão Panaças
Setubal , 28 de Março  de 2020, ás 16H35

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