Ao fim de muito tempo, que estive sem o fazer, visitei desta vez, a igreja de Nossa Senhora do Paço, em Barbacena.
Quem nela entra frequentemente, habituado que está, ao silêncio, e à quietude que por ali pairam, e são sentidos, talvez já não se deslumbre, com a beleza que aquele templo setecentista encerra, ao invés do que eu senti, quando recentemente, ali entrei.
A sua nave única ostenta a grandiosidade própria dos edifícios construídos durante o século XVIII. Tanto o altar-mor, como os que ladeiam a nave, em ambos os flancos, denotam que que a conservação e a decoração, (cuja preservação se tem devido, à prestimosa entrega de Carla Costa Silva, eximia decoradora, autodidacta) da segunda igreja da Vila, não tem sido descurada. A beleza do mármore alentejano, utilizado no altar-mor, colunas, pedestais e ombreiras, dos diversos altares, realça subtilmente, os traços arquitectónicos daquela que segundo a História, foi durante muito tempo a capela do Paço dos nobres, representantes da Coroa Real Portuguesa, e de cujo edifício a mesma faz parte integrante.
Foi ali, que no espaço temporal que mediou entre Maio de 1966 e Setembro de 1974, passaram a ter lugar todos os actos litúrgicos, relacionados com a paróquia, visto a principal igreja da Vila, ter sofrido o colapso do seu tecto, e cujas obras de restauro se prolongaram por alguns anos, impulsionadas pelo então jovem pároco Francisco Bento, que tinha chegado a Barbacena, havia pouco tempo.
Constatei que nos dias úteis de cada semana, se celebra ali, a missa matinal, da qual é celebrante o nosso amigo, padre Ronaldo.
Confesso, e disso me penitencio, que estive muito tempo, sem entrar neste lugar de oração, devoção e fé; talvez, tenha sido por isso, que dei por mim, extasiado, a contemplar, aquela beleza serena, que aquele lugar sagrado, detém.
Confesso, e disso me penitencio, que estive muito tempo, sem entrar neste lugar de oração, devoção e fé; talvez, tenha sido por isso, que dei por mim, extasiado, a contemplar, aquela beleza serena, que aquele lugar sagrado, detém.
Foi com alguma apreensão e repulsa, que há poucos meses soubemos, através da comunicação social, de uma incursão criminosa, dos ´´amigos do alheio´ ´ao seu interior, de onde furtaram alguns objectos de arte sacra. Neste dia em que a fotografia do interior da linda igreja foi por mim, obtida, a imagem da Virgem sua Oraga, não estava no respectivo altar, porque era o dia da Sua festa anual; em sua homenagem, dispus-me a escrever o seguinte, em quadras rimadas de par em par:
Nossa Senhora do Paço,
Minha Santa Protectora
Este Teu bonito Espaço
Tem beleza sedutora..!!
Minha Santa Protectora
Este Teu bonito Espaço
Tem beleza sedutora..!!
Teu lindo nome, veio donde..?
É pergunta, que Te faço..
Foste protecção do Conde..?
Por morares perto do Paço..?
É pergunta, que Te faço..
Foste protecção do Conde..?
Por morares perto do Paço..?
Tu proteges os Teus filhos
Que em perigos, Te imploram,
Vale-lhes nos seus cadilhos,
Por isso eles, Te adoram
Que em perigos, Te imploram,
Vale-lhes nos seus cadilhos,
Por isso eles, Te adoram
Acompanhaste Teus crentes
Em conflitos, vis, brutais
E em orações tão ferventes,
Eles não Te esquecem, Jamais.!!
Em conflitos, vis, brutais
E em orações tão ferventes,
Eles não Te esquecem, Jamais.!!
Rainha, Santa, Senhora..
Na Tua graça plena,
Com Tua asa protectora,
Não esqueças Barbacena.
Na Tua graça plena,
Com Tua asa protectora,
Não esqueças Barbacena.
PÁGINA INICIAL
----------
Sem comentários:
Enviar um comentário