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 SE NADA MAIS SOUBERES AO MENOS
CONHECE A HISTÓRIA DA TUA TERRA


Miradouro Priviligiado



MIRADOIRO PRIVILIGIADO


Lá em cima, do velho Castelo,
Vejo tudo, o que a Vila ostenta,
De lá se vê, um cenário belo,
De todas as ruas, que são quarenta

De lá vejo a Vila de brancura alva
E na paisagem plana, campestre
Surge o Palacete de Font´Alva
Quadro sublime, digno de mestre

Lá longe, uma serra, a de S. Mamede
Que nos extasía,de extensão tamanha,
E que ao horizonte, beleza concede,
Exibe nas abas, terras de Espanha

Da torre mais alta, desta fortaleza,
Vejo o campo santo, e vejo a Botaia,
Fico surpreso, com a calma beleza
Que pelo campo, serena, se espraia

Também vejo a Praça, a do Pelourinho,
Vislumbro a igreja, a nossa, a Matriz,
Sacio o olhar, que bem de mansinho
Me reconforta, me deixa ledo, feliz

Ainda na Praça, a ex-Casa do Povo,
Velhinha e terna, “asa de protecção”
Nota-se ao longe o tanque novo.
Que quão prestimoso foi à população

De lá, domina-se toda a Coutada,
Bem como, a Senhora do Paço,
E até a escola, agora cercada,
Parece, querer dar-me um abraço

Além, os Penedos, que daqui, eu vejo
Campos verdejantes, floridos, estão,
Matiz tão genuína cá do Alentejo,
Que daqui alcanço, até ao Torrão.

De tudo o que vi, sugere uma trova,
A urbe é linda limpa, escorreita,
Nela se destacam, tanto a Rua Nova
Ou, mesmo ela, essa, a Direita

E tu, velho castelo, que das tuas torres
Me deste o prazer da Vila, bem remirar
Fico triste, por ver que exangue, morres
Sem haver, quem lesto, te venha ajudar.

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