Os Veículos de Outras Épocas.
Era o transporte mais luxuoso, de uso restrito das pessoas abastadas do Alentejo, durante a primeira metade do século XX. Todos lhe chamavam trem, mas também, já ouvi chamarem-lhe carruagem, coche, atrelagem, e o letrista de fados, Carlos Conde, na letra do fado ”O Marquês de Linda-a-Velha” chama-lhe “breque”.
. Aproveitando essa redução significativa do trote dos amestrados cavalos, alguns dos gaiatos mais afoitos, do bando lá da terra, saltavam à socapa, aproveitando alguma distracção do cocheiro, para uma plataforma espaçosa, situada na parte traseira do trem; escusado será dizer, que à saída da Vila, quando era imprimido “mais gás” à velocidade da atrelagem, e quando os rapazes se queriam apear, haviam sempre joelhos e braços esfolados, e até pernas partidas.
Hoje, só muito excepcionalmente, se vêem por aí alguns desses lindos meios de transporte, mas naquele tempo, ou seja na primeira metade do século XX, frequentemente nas ruas de Barbacena, era ouvido o guizalhar dos cascavéis (guizos) e o característico som das ferraduras, dos lindos cavalos conduzidos pelos cocheiros Manuel Xosta, da Quinta do Chichorro, pelo lavrador Pinheiro, do Monte do Reguengo, e Bernardo de Deus Malhado, que como domador de equídeos, deixou nome, na região.
Setúbal, 01 de Agosto de 2018
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