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Um Filho de Brabecena que se Dignifica

UM FILHO DE BARBACENA, QUE SE DIGNIFICA, E NOS ENCHE DE ORGULHO

Nesta minha incessante e viciante busca, pelo imenso manancial que é o acervo da Internet, deparo por vezes, com notícias e publicações, que por um motivo, ou por outro, prendem a minha atenção, e curiosidade; numa dessas "rondas" que recentemente fiz, na página da Câmara Municipal do Seixal, deparei com um depoimento do tipógrafo, autor e desenhador, Eduardo Palaio, que com o apoio, e os bons auspícios da Câmara Municipal do Seixal (Vereação da Cultura),apresentou ao público, numa das extensões do Ecomuseu-Espaço Memória do Seixal, uma réplica da prensa, de Johannes Gutenberg, que no século XV, inventou o processo de reprodução da escrita, denominado ´´Imprensa´´, que durante séculos tem servido a Humanidade, nas mais diversas actividades, nas quais a linguagem escrita, é utilizada. Estranhamente, nem no Museu Nacional da Imprensa, existe qualquer réplica, desta invenção, que há cerca de seiscentos anos, tanto desenvolvimento e progresso, proporcionou à Humanidade.

A páginas tantas, quando lia a dissertação do desenhador e tipógrafo, Palaio, consegui depreender na leitura, que o autor daquela excepcional obra, é marceneiro de profissão, e se chama, Manuel Rodrigues Cordeiro, nome esse, que me fez redobrar a atenção por mim, dada à publicação. Sabendo eu, que o meu, aliás, nosso conterrâneo, Manuel Cordeiro, tem uma oficina de marceneiro localizada no Seixal, segundo ele próprio, me informou, quando há pouco tempo me encontrou em Barbacena, tive um pressentimento, quase certeza, que se tratava desse filho da nossa terra, que há tantos anos, por aqui labuta, na "margem sul". A ligeira dúvida que existia, ainda, e que era, se de facto seria o Manuel Cordeiro de Barbacena, desvaneceu-se, com um telefonema que ele próprio fez para o meu irmão Sebastião, onde lhe dava conta, de quanto satisfeito estava, por ter concluído com êxito, a minuciosa obra, que estava agora exposta, para ser admirada pelo público, que o desejasse.

Pelo que me foi dado saber, na leitura da publicação alusiva à exposição, patrocinada pela Câmara do Seixal, a réplica da Prensa de Gutenberg, esse lindo móvel, feito em madeira de azinho, e casquinha, e em cuja feitura, não pude entrar qualquer prego ou parafuso de metal, não é apenas uma mera peça feita exclusivamente, para ser exposta, pois ela labora, tal e qual como a que o seu inventor, criou; até o papel, encomendado a uma fábrica de Santa Maria da Feira, é um papel especial, que antes de ser utilizado, tem que ser humedecido para que os caracteres possam ser neles imprimidos. Outra das particularidades desta bonita réplica, é que se monta e desmonta, sem o auxílio de qualquer ferramenta.

O Manuel Rodrigues Cordeiro, que nas fotografias que documentam esta minha publicação, aparece com a mão esquerda coberta por uma ligadura, (resquícios que ficaram, da trabalhosa obra..?)é facilmente reconhecido, por quem, como eu, o conhece bem, e que aparece também, numa fotografia velhinha, que anexo, tirada no dia em que ele e os outros rapazes da sua idade, e nascidos em Barbacena, foram ás ´´sortes´ ´e na qual o Manuel nos surge, em primeiro lugar, a contar da esquerda para a direita, e de pé, deve logicamente, e com justiça, sentir-se orgulhoso, por tal feito, que o valoriza, e dignifica. Também a terra, onde nasceu, e nós todos, seus conterrâneos, devemos ter orgulho, neste filho da nossa terra, que quase anonimamente, trabalha com afã, e minúcia, em obras raras, dignas de serem expostas, em museus, como esta, certamente, o vai ser.

Não sei se o Manuel, vai ler, o que acabo de escrever, e tenho intenção de publicar, gostaria todavia, que ele soubesse, que por ele, e a sua obra, tenho orgulho, e que lhe envio um abraço, por ter honrado, e de sobremaneira, a sua, nossa Barbacena.

Fotos recolhidas no acervo da Internet.







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