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 SE NADA MAIS SOUBERES AO MENOS
CONHECE A HISTÓRIA DA TUA TERRA


Amuletos, Figas, Paglas, Trevos, Ferrraduras  Outros Objectos de Poder Esotérico.

Todos, ou quase todos nós, sabemos, que um amuleto, é um qualquer objecto, que muitas pessoas trazem consigo, como pingente ao pescoço, ou então, bem guardado, na carteira, em lugar recatado, com o intuito, que aquele pedaço de matéria inerte, lhe traga protecção e sorte.

Devo dizer, que não sou muito atreito a esta, e outras crendices ou superstições, que envolvem poderes astrológicos e esotéricos; no entanto, respeito o direito de cada um, a ser crente, daquilo que se lhe aprouver.
Apesar de como já frisei, nunca ter dado grande importância a esta modalidade de afastar os ´´maléficos poderes do Demónio´ ´tenho no entanto, tido conhecimento, de alguns efeitos benéficos, contados na primeira pessoa, atribuídos a esses inofensivos objectos; digo inofensivos, porque a culpa dos maléficos contratempos, que acontecem aos seus portadores, nunca é atribuída a esses protectores talismãs.

Já faz algum tempo, que num ambiente de festa, (casamento), onde as bebidas espirituosas, habitualmente, desinibem as criaturas, e as tornam não raramente mais compassivas, um dos convidados como eu, quando a conversa mantida entre os dois, se encaminhou para o tema talismãs, "desembainhou" de dentro da sua carteira, um pedaço de papel de seda, onde trazia embrulhado um ressequidíssimo, cavalo-marinho, que mais parecia estar já, petrificado; a história que se seguiu, e da qual, eu fui ouvinte atento e comovido,  que envolvia o pequeno fóssil do animal marinho, segundo a minuciosa descrição, um velho pescador, na Doca de Pedrouços, em Lisboa teria oferecido ao seu pai que embarcava para os campos da Flandres, durante a Primeira Guerra Mundial, e que mais tarde, ele próprio, o meu interlocutor, em 1961,na Antiga Índia Portuguesa, ao ser tornado prisioneiro de guerra, durante a Invasão da União Indiana, quando as tropas do invasor Neru, se aprontavam para fuzilar todo o destacamento das nossas tropas em serviço em Pangim, a que ele pertencia, já na formatura, perante a sentença, apertou com força, e algum desespero, a única réstia de esperança, que lhe restava, (o tal cavalo marinho que o pai lhe oferecera) e que cingira junto ao peito. Passados alguns minutos, por intervenção do capelão das nossas tropas, que se ofereceu para ser sacrificado, no lugar daqueles jovens, a sentença, foi anulada. Talvez fosse porque a narrativa fosse deveras pungente, a que se juntou o efeito etílico das bebidas servidas na boda, não mentirei, se disser, que ambos, chorámos


Não raramente, eu, encontrava como escondidas de mim, nos fundos dos forros falsos, das minhas malas, lá por onde andei, imagens de S. Sebastião e de Nossa Senhora do Paço, algumas das quais já tinham acompanhado o meu irmão, nas suas agitadas, "peregrinações" por locais, onde por vezes, nem todos os amuletos juntos, valeram a alguns, colocadas ali, por alguém, que gostava de nós, e que acreditava que aquelas pagélas, tinham um efeito deveras protector,






Carlos Catalão Panaças
Setúbal, 02 de Junho de 2019


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